Queratina
A queratina é uma proteína secundária, com forma tridimensional de α-hélice (α-queratina) ou de folhas-β-pregueadas (β-queratina) e constituída por cerca de 21 aminoácidos ligados entre si através de pontes de hidrogénio. O principal aminoácido que compõe a queratina é a cisteína que, por ser um aminoácido sulfurado, ou seja, que apresenta o elemento enxofre na sua estrutura, estabelece entre si um tipo de ligação covalente denominada ligação cisteídica, que se dá entre dois átomos de enxofre (S-S).
A queratina é sintetizada em células diferenciadas - queratinócitos - do tecido epitelial (pele) e invaginações da epiderme para a derme (como os cabelos e unhas) de animais terrestres. Devido à sua estrutura tridimensional, esta proteína possui propriedades particulares como microfilamentos com resistência (relacionada com as ligações cisteídicas da cadeia), elasticidade e impermeabilidade à água.
Esta proteína forma uma camada que envolve as células da epiderme (camada mais externa da pele), de modo a evitar perdas desnecessárias de água e, também, proteger o organismo contra agressões externas, tais como choques mecânicos, radiação solar, ventos e chuvas. As células queratinizadas mesmo estando mortas conseguem desempenhar tais funções, porque primeiro detêm microrganismos que auxiliam na retenção de água, depois porque formam uma camada protetora, que evita agressões às células vivas.
Nos mamíferos, além da epiderme, a queratina também é encontrada nas unhas, cabelos, cascos, chifres e garras. Nas aves, as penas e os bicos são estruturas queratinizadas. As escamas dos répteis, as “barbas de baleia”, a carapaça dos cágados, os espinhos do porco-espinho e as barbatanas dos peixes também são ricos em queratina.
Esta proteína é muito usada pela indústria de cosméticos, como na composição de champos, condicionadores, cremes, vernizes, restauradores capilares, cremes alisantes e produtos de higiene pessoal. É muito utilizada em tratamentos capilares, por ser a principal substância que compõe os cabelos, estes que estão destinados à reposição da proteína perdida diariamente por meio de agressões físicas e químicas. A queratina também é utilizada no alongamento de cabelos, que transforma os fios de cabelo com os seus polímeros, tornando os cabelos mais fracos mas mais longos.
TIPOS DE QUERATINA
Queratina LÍQUIDA
Essa versão líquida da proteína é mais concentrada e está presente em menores quantidades em shampoos, condicionadores, ampolas, cremes e máscaras. Ela pode ser aplicada diretamente no cabelo através da técnica nanoqueratinização — processo intenso para revitalização dos fios.
A aplicação ideal dessas partículas da proteína, é de forma vaporizadas na fibra capilar com a ajuda de uma escova especial e finalizada com uma chapinha de cerâmica para selar as cutículas abertas.
Queratina HIDROLISADA
Ela penetra facilmente nos fios e recupera rapidamente o fio danificado. Seu baixo peso molecular, pode ser solúvel em água e não pesa o cabelo. A queratina hidrolisada pode ser encontrada em forma líquida, em gel e em alguns produtos reconstrutores, como shampoos e condicionadores.
Queratina QUATERNIZADA
É um complexo de queratina com partículas menores que as queratinas de mercado. Por isso penetram melhor na fibra capilar. Em conjunto com os Aminoácidos: Cisteína, Serina e Arginina promovem reparação eficaz dos fios danificados.
Queratina HIDROGENADA
É a mais comum encontrada nos cosméticos. Seu uso é adequado para manutenção de tratamentos capilares mais leves, então se seu cabelo está muito danificado, essa versão pode não ser suficiente. O uso diário também não é aconselhado, o melhor mesmo é usar só quando sentir que a fibra capilar está precisando de um cuidado especial.
Queratina ORGÂNICA / VEGETAL
Ela é muito parecida com a queratina natural presente no nosso cabelo. Pode ser encontrada em versões hidrolisada ou hidrogenada. É composta por proteínas hidrolisadas extraídas do arroz, trigo, milho, soja e algas.
Queratina ANIMAL
Pode ser extraída da lã de carneiro, penas de aves, chifres ou cascos de boi. Ela é quebrada por aminoácidos pequenos para penetrar na cutícula (parte externa dos fios) e permanecer no eixo do cabelo.
Queratina OXIDADA
Polímero insolúvel em água, com capacidade de reter a umidade e aumentar a elasticidade dos fios.
Qual a diferença entre queratina vegetal e animal?
Vegetal. A principal diferença é que ela é produzida com aminoácidos animais extraídos de vegetais como a batata. “Os benefícios são os mesmos, mas o que difere é que a vegetal não deixa os fios pesados, ao contrário da queratina animal que pode deixar a fibra enrijecida.
O que é queratina vegetal hidrolisada?
A queratina hidrolisada nada mais é do que a queratina dividida, “quebrada” em moléculas menores para que possa ser melhor fixada nos fios.
Hoje é possível produzir as Proteínas Hidrolisadas à partir do Trigo, Soja, Arroz, Milho e outros cereais, onde se pode obter uma composição de aminoácidos, formando uma “Queratina Vegetal"
O uso em excesso pode provocar o efeito contrário e enrijecer a fibra capilar.
A dica para evitar esse problema é sempre aplicar uma máscara com poder emoliente em seguida;
Intervalos de pelo menos 15 dias, ou de acordo com a necessidade do cabelo, conforme avaliação profissional.
ESTRUTURA QUÍMICA
É uma proteína secundária, com forma tridimensional de α-hélice (α-queratina) ou de folhas-β-pregueadas (β-queratina), constituídas de cerca de 20 aminoácidos, principalmente de um aminoácido sulfurado denominado cisteína. Essas estruturas ocorrem porque os aminoácidos da queratina interagem entre si através de ligações de hidrogênio e ligações covalentes dissulfeto (-S-S-) denominadas ligações cisteídicas.
A queratina é uma proteína estrutural porque a sua estrutura tridimensional lhe confere características especiais: microfilamentos com resistência, elasticidade e impermeabilidade à água.
A Proteína Queratina
A queratina é formada por cerca de 20 aminoácidos diferentes, que se repetem e interagem entre si. Quando dois aminoácidos se unem, existe uma ligação bipeptídica; caso três ou mais aminoácidos sejam encontrados unidos, teremos uma ligação denominada ligação polipeptídica. Ela também é formada por cadeia polipeptídica de aminoácidos diferentes, cuja sequência é programada geneticamente. Dentre eles pode-se classificar como sendo seu principal aminoácido a cisteína.
Os aminoácidos presentes na queratina interagem entre si através de três tipos de ligações, que são: as pontes de hidrogênio e ligações covalentes bissulfeto (-S-S-), denominadas ligações cisteídicas ou dissulfídicas e as ligações iônicas. As ligações de hidrogênio são interações que ocorrem entre o átomo de hidrogênio e dois ou mais átomos, de forma que o hidrogênio sirva de “elo” entre os átomos com os quais interagem. As ligações de hidrogênio são as mais fracas no cabelo, se rompem com a ação da água quando o cabelo é lavado e se religam quando o cabelo está seco.
O átomo de hidrogênio, em vez de se unir a um só átomo de oxigênio, pode se unir simultaneamente a dois átomos de oxigênio, formando uma ligação entre eles. As ligações iônicas são um tipo de ligação química baseada na atração eletrostática entre dois íons carregados com cargas opostas. Ligação ou ponte dissulfeto: que são interligações entre cadeias ou entre partes de uma cadeia, formadas pela oxidação de radicais de cisteína, formada pela união de grupos – SH dos aminoácidos chamados de cisteína. A queratina está presente nos seres vivos em unhas, chifres, pelos, penas, etc.
Ligação Dissulfeto - Qual aminoácido realiza ponte dissulfeto?
Pontes de enxofre ou ligações dissulfeto: o aminoácido cisteína possui grupamentos tiol (-SH) em sua cadeia lateral. Dois resíduos de cisteína podem, assim, interagir originando uma ligação -S-S-, característica da molécula de cistina (dipeptídeo da cisteína).
O cabelo é um polímero biológico, com mais de 90% de seu peso seco feito de proteínas que são chamadas de queratina. Em condições normais, o cabelo humano contém cerca de 10% de água, o que modifica consideravelmente suas propriedades mecânicas. As proteínas do cabelo são mantidas juntas por ligações dissulfeto, a partir do aminoácido cisteína.
Essas ligações são muito fortes. Por exemplo, cabelos virtualmente intactos foram recuperados de tumbas egípcias antigas, e as ligações dissulfeto também fazem com que os cabelos (e penas que têm queratinas semelhantes) sejam extremamente resistentes às enzimas digestivas de proteínas. Diferentes partes do cabelo e da pena têm diferentes níveis de cisteína, resultando em um material mais duro ou mais macio. Romper e fazer ligações dissulfeto governa o fenômeno dos cabelos ondulados ou crespos. É quebrar e refazer as ligações dissulfeto, que são a base para a onda permanente no penteado.